Na Rede D'Or São Luiz, buscamos aumentar a eficiência de nossas operações visando a minimizar o impacto ambiental de nossa atuação nas localidades em que estamos presentes. Direcionamos nossos esforços para apoiar o desenvolvimento social, a saúde e a segurança de todas as pessoas com quem lidamos, sendo ambientalmente responsáveis e considerando o crescimento econômico das regiões onde atuamos. Eficiência energética, consumo consciente de água, descarte correto de resíduos e fatores que possam acelerar as mudanças climáticas são preocupações constantes na nossa gestão.
Para os indicadores ambientais, contamos com um sistema de KPI desenvolvido internamente, a partir do qual o gestor de manutenção das atividades hospitalares e outras áreas de negócio reportam mensalmente os dados. A área de Sustentabilidade faz o acompanhamento, em parceria com a Diretoria de Infraestrutura, que também monitora esses dados, com exceção de resíduos que fica a cargo somente da área de Sustentabilidade. Para 2022, implantaremos o sistema Resource Advisor da Schneider, dando muito mais robustez ao processo.
78
unidades
entre hospitais, clínicas oncológicas e laboratórios fazem inventário de gases de efeito estufa (GEE)
Nossas Políticas Corporativas de Sustentabilidade e Ambiental, disponíveis no site da Rede D’Or São Luiz, são a base da nossa gestão de sustentabilidade. Mapeamos os riscos ambientais mais relevantes em nossas operações e implementamos projetos que mitiguem esses riscos. Para verificar a conformidade legal, a aderência ao planejamento e o atingimento das metas propostas para a gestão ambiental, realizamos auditorias ambientais regulares, internas e externas. As não conformidades encontradas são classificadas de acordo com o risco (crítico, alto, médio e baixo) e em função de suas causas; os relatórios das auditorias são encaminhados aos diretores das unidades, que, por sua vez, enviam aos gestores, que passam a ser responsáveis pela elaboração dos respectivos planos de ação para a adequação das não-conformidades.
As auditorias ambientais internas, realizadas sistematicamente desde 2012, se concentram principalmente nas áreas de enfermagem e assistência, hotelaria, farmácia, manutenção, nutrição e laboratórios. Em 2021, realizamos mais de 170 auditorias ambientais internas em mais de 80 unidades (hospitais, oncologias, laboratórios de análises clínicas e outras), por meio das quais foi identificada a necessidade de 3.014 ações corretivas. Apenas 4% foram classificadas como risco alto ou crítico. Realizamos ainda a análise de 31 projetos arquitetônicos, em que verificamos o atendimento aos requisitos legais e normativos técnicos relacionados aos aspectos ambientais e sanitários, o que proporciona ações corretivas ainda na fase de projeto de concepção e representação das edificações.
Realizamos também 15 visitas técnicas para diagnósticos ambientais em unidades adquiridas pela Rede D’Or São Luiz, denominadas auditorias de integração, sendo 12 em unidades hospitalares (Veja mais em Integração de novas unidades). Além disso, através de uma participação ativa, realizamos 30 análises técnicas e 10 visitas na planta de operação de empresas de serviços ligados à área de coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos para atendimento aos processos concorrenciais abertos pela equipe de Suprimentos Indiretos.
Mantemos ainda uma área de Licenciamento que controla e acompanha todas as licenças das unidades da Rede D’Or São Luiz. Em 2021 foram 9.401 licenças sob a gestão do setor. No último ano foram obtidas 1.353 renovações e 35 novas licenças. Os licenciamentos empresariais e de obras também são abordados em nossas políticas internas.
Desde 2020, somos signatários do Pacto Global da ONU, assumindo o compromisso de implementar os 10 princípios da iniciativa em nossas estratégias de negócio, de forma pública e transparente. Já estamos engajados na plataforma Ação pelo Clima da Rede D’Or São Luiz Brasil, que trabalha à luz dos ODS 7 e 13 e desenvolve iniciativas temáticas e setoriais relacionadas ao clima, como projetos em energia e florestas.
Em 2021, seguimos com o compromisso de expandir nossas atividades no caminho para a prática diária mais consciente de nosso impacto na sociedade. Iniciamos as obras da Maternidade Star em uma área nobre da zona sul de São Paulo de mais de 36 mil m2 com conceito sustentável e inovador.
O projeto da Rede D’Or São Luiz terá como diferencial o conceito de excelência exclusiva consolidada do Vila Nova Star. Com investimento aproximado de R$ 1,5 bilhão de reais, inclui a reforma sustentável de um prédio originalmente projetado para ser uma torre de escritórios, construído em 2012 segundo diretrizes de sustentabilidade. Todo o processo está sendo apoiado no uso da ferramenta LEED (certificação para construções sustentáveis), com base nos atributos ESG validados internacionalmente, sempre voltados para garantir a saúde e segurança de todas as pessoas que usarão o edifício e que incluem aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Os detalhes da Maternidade Star foram pensados de acordo com os impactos ambientais e sociais que serão gerados, desde sua localização: um bairro que oferece acesso à transporte público de qualidade próximo e muitas conveniências, como restaurantes, farmácias e bancos.
Conheça alguns dos diferenciais sustentáveis da Maternidade Star:
Em 22 andares, com 173 leitos, a Maternidade Star irá operar com foco na oferta de excelência em atendimento e serviços, incluindo médicos especialistas renomados e tecnologia de última geração. Os apartamentos e suítes serão ambientados e automatizados com inteligência artificial, comandos de voz e automação para comunicação entre as pacientes e equipe de enfermagem, além de controle de persianas, iluminação e ar-condicionado, gerando conforto para o acolhimento da família. Há ainda amplos espaços destinados ao conforto das pacientes e familiares, além de restaurante no vigésimo andar com vista panorâmica. A inauguração está prevista para 2022.
O plano diretor inclui também a construção sustentável de uma torre de 12 andares, que será uma ampliação do Hospital Vila Nova Star, que permitirá a ampliação desse hospital geral em 140 leitos. A inauguração está prevista para o 1º semestre de 2023.
Os hospitais Star (DF Star, Copa Star e Vila Nova Star), São Luiz São Caetano, São Luiz Itaim, São Luiz Anália Franco, Barra D’Or e Hospital Assunção conquistaram em 2021 o selo Green Kitchen, certificação de qualidade que reconhece o aprimoramento contínuo do serviço de nutrição para o alcance da qualidade e sustentabilidade de todo o processo de produção, com estímulo a uma alimentação saudável no ambiente hospitalar. Outras três unidades da Rede D’Or São Luiz (Niterói D’Or, Quinta D’Or e Copa D’Or) também estão em processo para certificação e outras quatro em processo de análise por parte da equipe do Green Kitchen.
O selo é um reconhecimento às equipes, em especial à de Serviço de Nutrição de Dietética (SND), pelas ações desenvolvidas no ambiente hospitalar, destinadas a melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento. A certificação concedida pelo programa ratifica as boas práticas na gestão da cozinha. São exemplos:
O consumo de energia nos hospitais está ligado ao funcionamento dos sistemas de iluminação, climatização, aquecimento, bombeamento de água, elevadores e equipamentos médicos. Entram nesse escopo a energia direta do combustível para abastecimento dos geradores, e a energia indireta, proveniente das concessionárias sob forma de eletricidade. Os geradores trabalham apenas quando há falta de energia elétrica da concessionária, ou por um breve período no mês para manutenção do equipamento, e por meio de equipamentos instalados é possível verificar o volume de combustível existente nos tanques.
O consumo total de energia na Rede D’Or São Luiz em 2021 foi de 1.129.626,80 GJ, 22% maior que o ano anterior, motivado principalmente pela aquisição de novas unidades hospitalares e a incorporação de clínicas oncológicas (localizadas fora das unidades hospitalares) na gestão de indicadores ambientais. Do total de energia consumida em 2021, aproximadamente 87% corresponde a energia elétrica.
Desde 2015, desenvolvemos um projeto voltado para a busca de autonomia energética, que tem como foco a mitigação dos riscos hidrológicos a partir do aumento da reserva de água potável, da perfuração de poços artesianos, da inclusão de geradores, do incremento do backup e da cobertura do sistema elétrico de emergência.
Um dos destaques da Rede D’Or São Luiz no tema é o investimento em iniciativas de baixo carbono, em especial a priorização do consumo de energia gerada por fontes renováveis, proveniente da migração gradual das unidades para o Mercado Livre (energia incentivada), que em 2021 representou cerca de 30% do consumo de energia elétrica.
O projeto ganhou ainda mais impulso no segundo semestre de 2021, quando alcançamos o equivalente a 50% das unidades hospitalares no Mercado Livre de energia. Ao mesmo tempo, também buscamos por soluções que promovam a redução do consumo de energia, como a adoção de equipamentos mais eficientes, automação de sistema de ar-condicionado, sistema de recuperação de calor e monitoramento do padrão de consumo, atuando nos maiores ofensores de gastos com energia de unidades hospitalares.
Consumo de energia dentro da organização
Consumo de combustíveis de fontes não renováveis (GJ) | 2019 | 2020 | 2021 |
---|---|---|---|
Diesel | 61.980,00 | 19.476,31 | 20.347,43 |
Gás natural | 93.492,29 | 100.831,80 | 127.793,1 |
Total | 155.472,29 | 120.308,11 | 148.140,53 |
Energia consumida (GJ) | 2019 | 2020 | 2021 |
---|---|---|---|
Eletricidade1 | 748.126,01 | 805.646,67 | 981.486,27 |
Total | 748.126,01 | 805.646,67 | 981.486,27 |
1 - Contemplado o consumo de energia incentivada (Mercado Livre de Energia).
Total de energia consumida (GJ) | 2019 | 2020 | 20212 |
---|---|---|---|
Combustíveis de fontes não renováveis | 155.472,29 | 120.308,11 | 148.140,53 |
Energia elétrica consumida3 | 748.126,01 | 805.646,67 | 981.486,27 |
Energia elétrica vendida | N.A. | N.A. | N.A. |
Total | 903.598,30 | 925.954,78 | 1.129.626,80 |
2 - Os dados de 2021 contemplam somente o mês de agosto do Hospital São Lucas RJ.
Os dados de 2021 não contemplam os meses de janeiro a junho do Hospital Guaianases.
3- Contemplado o consumo de energia incentivada (Mercado Livre de Energia).
Intensidade energética | 2019 | 2020 | 20214 |
---|---|---|---|
Consumo de energia (kWh) | 113,23 | 194,56 | 228,67 |
4- Aumento no consumo em decorrência da expansão de leitos da Rede D’Or São Luiz.
Ano | Consumo (GJ)6 | Consumo (kWh) | Consumo (MWh) | Consumo (MWm) |
---|---|---|---|---|
2019 | 33.847,15 | 9.401.986,96 | 9.401,99 | 1,07 |
2020 | 83.654,37 | 23.237.325,95 | 23.237,33 | 2,65 |
2021 | 292.497,87 | 81.249.407,39 | 81.249,41 | 9,28 |
5- Foi considerado, para os M&As, o consumo a partir do mês da aquisição.
6- Os valores de consumo de energia incentivada (Mercado Livre de Energia) em GJ estão contemplados em "Eletricidade" e "Energia elétrica consumida", nas tabelas mostradas acima.
Os sistemas de climatização representam cerca de 50% do consumo de energia de um hospital moderno, justificando a importância de buscarmos tecnologias mais eficientes para nossas instalações.
Na Rede D’Or São Luiz, adotamos uma central de produção de água gelada (CAG) formada por chillers (resfriadores de líquido) e fancoils (equipamentos que filtram e resfriam o ar de ambientes climatizados).
Escolhemos para compor o sistema de resfriamento apenas equipamentos eficientes e com baixo nível de ruído. Damos preferência a chillers com condensação a ar e com sistema de redução de velocidade do compressor de forma gradativa, por exemplo, que oferecem máximo desempenho durante as longas horas de operação. O aumento da eficiência com esses equipamentos é estimado em 30%, assim como a redução da pegada ambiental devido à menor emissão de gases de efeito estufa (GEE).
A Rede D’Or São Luiz é adepta ao Mercado Livre de energia com o objetivo de desenvolver uma estratégia de gestão sustentável, já que a migração permite à empresa optar pelo consumo de energia renovável e, assim, reduzir o impacto ambiental.
A iniciativa teve início em 2019, com os hospitais São Lucas (SE) e UDI (MA) e se estendeu ao longo de 2020 e 2021, com os hospitais Perinatal Barra e Laranjeiras (RJ), Santa Cruz (PR), Aliança (BA), São Carlos (CE), Balbino (RJ), Biocor (MG), Nossa Senhora das Neves (PB) e Novo Atibaia (SP). Em 2021, a Rede D’Or São Luiz iniciou a migração de 21 unidades hospitalares (25 pontos de medição), que correspondem a 12,89MW médios de energia incentivada já contratada.
Atualmente, são 32 unidades no ambiente de contratação livre e 4 unidades em processo de migração, com conclusão prevista para 2022.
O Mercado Livre de energia é um segmento do setor elétrico em que são realizadas operações de compra e venda de energia elétrica, por meio de contratos bilaterais com condições livremente negociadas. Já no mercado cativo, o fornecimento de energia é feito pela distribuidora e não diretamente pelo gerador de energia. Está estruturado com regras e procedimentos de comercialização e serviços definidos pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). É um ambiente competitivo de negociação, onde consumidores considerados “livres” podem comprar energia alternativamente ao suprimento da concessionária local. Para participar desse mercado, o consumidor precisa preencher os requisitos estabelecidos em lei.
Em 2022 teremos 36 unidades no Mercado Livre (18,856 MW médios), com a entrada de mais quatro unidades (Quinta D’Or – Principal e Anexo, Centro Médico Caxias D’Or e São Marcos). Isso significa que teremos aproximadamente 50% das unidades hospitalares da Rede D’Or São Luiz nesse modelo, com presença nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Sergipe, Ceará, Paraná e Paraíba.
Diretamente relacionados à quantidade de toneladas de refrigeração (TR) e ao consumo de energia elétrica, a tipologia e especificação dos materiais que compõem as fachadas dos edifícios hospitalares são fatores importantes na construção e/ou reforma de unidades da Rede D’Or São Luiz.
O objetivo não é apenas a redução do custo mensal com energia, mas também manter o interior com conforto higrotérmico e seguro para pacientes e colaboradores, além de garantir iluminação adequada durante os procedimentos clínicos, cirúrgicos e utilização geral da edificação pelos pacientes e equipe técnica.
32,75
mil Kwh
economizados em 11 meses devido a nosso programa de eficiência energética.
Levando em consideração que as Centrais de Água Gelada são nossos maiores consumidores de energia elétrica, o Hospital São Luiz Itaim contratou, recentemente, um robusto programa de eficiência energética.
Baseado na presença constante de um especialista e apoiado por uma equipe remota de engenheiros e por um complexo sistema de automação, o programa é voltado para a melhoria do desempenho e da eficiência elétrica dos chillers.
Considerando as condições climáticas e as necessidades dos setores em cada momento,
são realizados ajustes finos constantes em cada parâmetro dos equipamentos, fazendo com que trabalhem de forma mais eficiente e com o menor consumo possível de energia elétrica.
O resultado, em 12 meses, foi uma economia média mensal de 38,21 MWh (megawatt-hora), o suficiente para abastecer quase 580 residências brasileiras de padrão médio. Financeiramente, significou uma economia mensal de R$ 21.400,00, ou 3% na fatura de energia elétrica. Entretanto, é preciso ponderar que o programa tem como característica apresentar resultados melhores em períodos frios. Será necessário aguardarmos os próximos meses para que tenhamos um resultado definitivo, cuja expectativa é de uma economia média anual de 5%.
Grande parte das nossas unidades possui sistema de automação predial (BMS) para controlar, comandar e monitorar os sistemas de ar-condicionado, ventilação e exaustão mecânica. A automação normatiza os ambientes, traz comodidade e confiabilidade para a equipe médica, além de conforto e segurança aos pacientes.
Presente nos centros cirúrgicos, salas de isolamentos, centros obstétricos e exames, a tecnologia assegura o monitoramento e controle das áreas, com indicadores modernos locais e remoto, tornando possível a gestão eficaz dos sistemas que são operados pelas equipes médica e de manutenção.
Reconhecemos que a mudança climática é uma das maiores ameaças globais à saúde no século XXI. Conscientes de nosso papel na proteção da saúde pública contra as mudanças climáticas, estamos trabalhando em diversas frentes nos últimos anos para reduzir nossas emissões e ampliar nossa capacidade de resposta frente aos desafios impostos.
Entre os destaques de 2021, está a publicação da nossa Política de Mudanças Climáticas, aprovada no Conselho de Administração, na qual estão estabelecidas as principais diretrizes e compromissos da empresa para a gestão de riscos e o impacto das mudanças climáticas
nas unidades e negócios, fornecendo mecanismos de mitigação e adaptação.
Para sensibilizar nossos colaboradores quanto à importância do tema e disseminar nossas práticas, lançamos um EAD intitulado “Trilhas de Sustentabilidade”, que inclui treinamentos em Conceitos de Sustentabilidade, Mudanças Climáticas e Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável. Também realizamos um evento para todos os colaboradores sobre Mudança Climática, com participação da equipe do Pacto Global da ONU, e um webinar para nossos líderes sobre o mesmo tema.
A fim de demonstrar a transparência e o comprometimento quanto aos desafios a serem enfrentados frente às mudanças climáticas, a Rede D’Or São Luiz segue, desde 2016, o Programa Brasileiro GHG Protocol, que institui a metodologia para a realização do inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE). No ciclo passado foram 48 unidades inventariadas, sendo 47 certificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Agora já são 78 inventários certificados pelo mesmo organismo independente no Ciclo 2022, referente ao ano de 2021. Os dados completos sobre os inventários de GEE serão publicados, em 2022, no Registro Público de Emissões.
Como parte de nossa estratégia buscando o desenvolvimento sustentável e nosso compromisso
com os princípios do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2021 iniciamos o desenvolvimento de um Plano de Gestão de Carbono, em fase de aprovação, contendo toda a trajetória da Rede D’Or São Luiz sobre o tema Mudanças Climáticas. Os impactos das mudanças do clima e as ações necessárias para minimizar os riscos e aproveitar as oportunidades de negócio estão considerados na Matriz de Risco Corporativo (Risco Climático) 2021.
Estabelecemos metas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), em alinhamento e contribuição às metas brasileiras (Contribuições Nacionalmente Determinadas - NDC na sigla em inglês) de redução estipuladas no Acordo de Paris, e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. Para isso, estabelecemos projetos e práticas voltadas à redução das emissões, principalmente nas fontes do Escopo 1 e 2.
Publicamos pela primeira vez em 2021 no site Registro Público de Emissões, plataforma desenvolvida pelo GHG Protocol, os inventários de GEE de 36 unidades hospitalares da Rede D’Or São Luiz. As informações subsidiam a elaboração do nosso Plano de Gestão de Carbono, com mitigação de riscos e adaptação às mudanças climáticas.
Entre os passos avançados está a definição de metas de redução de carbono alinhadas com o compromisso assumido com o Race to Zero, de zerar as emissões líquidas até 2050. (Veja mais informações sobre o Race to Zero em (Adesão à Campanha Race to Zero).
Inventário de emissões de GEE (tCO₂e)
Fonte | Ciclo 2020 (2019) | Ciclo 2021 (2020) | Ciclo 2022 (2021)1 |
---|---|---|---|
Escopo 1 | 15.206,16 | 77.010,639 | 108.387,628 |
Escopo 2 | 4.303,22 | 16.252,65 | 35.612,49 |
Escopo 3 | 109,55 | 13.882,642 | 30.271,628 |
Total | 19.618,93 | 107.145,93 | 174.271,746 ²,³ |
1- Os inventários realizados em 2021, participantes do ciclo 2022, contemplam unidades hospitalares, clínicas oncológicas e laboratórios.
2- Aumento significativo de emissões, especialmente no escopo 1, motivado pela aquisições de novas unidades hospitalares e pela mensuração de emissões de clínicas oncológicas e laboratórios de análises, não contemplados nos inventários do ciclo anterior.
3- Atualização dos fatores de emissão na metodologia do GHG Protocol para o Ciclo 2022 (2021), o que impactou no volume de emissões mensurado, principalmente nos escopos 2 e 3.
Intensidade das Emissões de GEE (tCO₂e) paciente – dia | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 20214 |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Intensidade das Emissões de GEE | 0,048 | 0,034 | 0,031 | 0,053 | 0,038 | 0,071 | 0,863 |
4- Aumento da Intensidade das Emissões de GEE se dá pelo aumento da quantidade de unidades participantes neste Ciclo de Inventários, bem como pelo aumento da quantidade de unidades existentes na Rede D'Or São Luiz como um todo.
Quantidade de unidades inventariadas
2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | 1 | 3 | 8 | 10 | 48 | 78 |
O consumo de água é indispensável para a prestação de nossos serviços. Por isso, em 2021, foi iniciado o Projeto de Eficiência Hídrica, que conta atualmente com seis unidades participantes: Hospital Oeste D’Or, Hospital São Rafael, Hospital Aliança, Hospital Cárdio Pulmonar, Hospital Barra D’Or e Hospital Rios D’Or. O projeto tem como objetivo reduzir não somente os custos com abastecimento de água, mas também o consumo, otimizando a operação das unidades. Fazem parte do projeto ações como detecção de vazamentos, instalação de equipamentos mais eficientes (redutores de vazão, arejadores etc.), utilização de água de poço (quando existente), monitoramento do consumo em tempo real e campanhas de conscientização com os colaboradores.
O Hospital Norte D’Or, por exemplo, reduz mensalmente seu consumo de água ao utilizar um sistema de reaproveitamento da água da retrolavagem dos filtros para irrigação dos jardins. Já o Rios D’Or e o Niteroi D’Or aproveitam a água da chuva e de condensação do ar condicionado, por meio dos telhados e lajes dos estacionamentos. Unidades do Distrito Federal, IFOR, Rios D’Or utilizam arejadores para redução de vazão em banheiros e lavatórios, enquanto o Hospital São Luiz São Caetano capta águas pluviais por canaletas. Na nova Maternidade Star, em construção em São Paulo (SP), além da coleta da água da chuva para reuso, foram escolhidos metais que permitem a redução do consumo de água em até 90% e bacias que possibilitam o gasto de até 60% menos água. Também foi feita uma revisão nos processos da área de Manutenção, visando maior agilidade na constatação e resolução de um eventual problema, evitando gastos e desperdícios.
O abastecimento de água das unidades se dá por três fontes: concessionárias, poços artesianos outorgados e caminhões-pipa. Todas as unidades, incluindo as que não fazem parte do projeto de Eficiência Hídrica, realizam a gestão do consumo de água através das faturas, equipamentos de medição e a contabilização do volume de água entregue por caminhões-pipa ao longo do mês. As unidades pertencentes ao projeto de Eficiência Hídrica apresentam um monitoramento mais apurado por parte do fornecedor parceiro.
Em algumas regiões do Brasil, onde a distribuição, tratamento e acesso à água são críticos, como no Nordeste, que representa cerca de 25% do consumo total de água, a Rede D’Or São Luiz realiza a implantação de Estação de Tratamento de Água (ETA), como ocorre no Hospital São Marcos (PE).
Em 2021, o consumo total de água foi de 2.296.240 m³, que representa redução de 28% em relação a 2020. A diferença se deu pelas ações de eficiência hídrica empregadas na organização.
Consumo de água na organização
Água retirada por fonte (m³) | 2019 | 2020 | 2021 |
---|---|---|---|
Concessionária | 1.307.937 | 2.810.117 | 1.676.447 |
Caminhão-pipa | 116.679 | 99.546 | 209.838 |
Poço artesiano | 282.342 | 295.992 | 409.956 |
Total | 1.707.049 | 3.205.655 | 2.296.240 |
Nota: Os dados de 2021 não contemplam os meses de janeiro a junho do Hospital Guaianases.
Os dados de 2021 contemplam somente o mês de agosto do Hospital São Lucas RJ
Descarte de água
m³
Nota: Os dados de 2021 contemplam somente o mês de agosto do Hospital São Lucas RJ.
90%
de redução
no consumo de água, é o esperado na Maternidade Star, após o término das obras que seguem um conceito sustentável e inovador.
A gestão hídrica é uma preocupação das instituições da Rede D’Or São Luiz. Para combater o desperdício de água com potencial de reutilização, reduzindo os custos de gastos com água e o impacto ambiental, o Hospital IFOR, localizado na Grande São Paulo, mantém um plano de reaproveitamento de água nos ciclos de autoclave desde 2020.
Com a ação, o IFOR tem uma economia de 966 litros de água por ciclo. Em 2021, foram aproximadamente 4,6 mil ciclos, representando mais de dois milhões de litros de água reutilizados e redução superior a R$ 55 mil nos gastos com água. Além de considerável economia financeira, com o reuso o IFOR contribui para a preservação ambiental e a disseminação da cultura de sustentabilidade em toda a Rede D’Or São Luiz.
Em outra ação, a Unidade Itaim do Hospital São Luiz perfurou um poço artesiano para combater eventuais problemas com a escassez de água. Com produção média de 1,5 m³/h de água com ótima qualidade, o poço outorgado tem capacidade para suprir aproximadamente 18% do consumo da unidade.
Com a ação, a unidade diminuiu a dependência dos caminhões-pipa e está mais bem preparada para enfrentarmos possíveis desabastecimentos em situações de crise hídrica e de racionamento do insumo. São 1.080 m³ de água que a Rede D’Or São Luiz deixará de adquirir da concessionária mensalmente, o suficiente para abastecer cerca de 90 residências de padrão médio no Brasil. Financeiramente, já descontados todos os custos de manutenção do poço e de tratamento dessa água, a economia mensal será de 8%, o que significa R$ 136 mil/ ano.
A gestão de resíduos na Rede D’Or São Luiz segue os procedimentos previstos no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), aprovado pelos órgãos de saúde e ambientais. O plano é parte integrante do processo de licenciamento ambiental e sanitário e contempla os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, a Rede D’Or São Luiz dispõe de uma série de normativos e procedimentos operacionais corporativos que estabelecem as boas práticas de gestão de resíduos.
As unidades pesam diariamente o volume de resíduos gerados e monitoram, por meio de indicadores pré-estabelecidos, a geração de resíduos. Mensalmente os números são reportados para análise da área corporativa de Sustentabilidade, identificando o tipo e a quantidade dos materiais descartados.
As ações de redução da geração de resíduos e melhoria do tratamento são executadas periodicamente. Nosso Programa de Indicadores Ambientais recebe os dados de geração de resíduos dos grupos A, B, D e E dos hospitais de todo o Brasil. Sempre que uma nova unidade passa a fazer parte da Rede D’Or São Luiz, avaliamos sua gestão de resíduos e programamos reformulações quando necessário.
Buscando a redução de resíduos enviados para aterro sanitário (redução de emissões de GEE, aumento da vida útil dos aterros, conscientização e promoção da reutilização e da reciclagem junto aos colaboradores), as unidades hospitalares vêm implantando uma série de inciativas como:
Em 2021, os investimentos no PGRSS (coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos) totalizaram R$ 19,6 milhões. No ano, 27.784 mil pessoas foram treinadas no PGRSS, sendo 8.578 mil colaboradores próprios e 19.206 mil terceiros. Geramos neste ciclo 40.283,23 toneladas de resíduos, dos quais 34% são classificados como resíduos perigosos e, portanto, foram destinados a métodos especiais de descarte – como incineração por queima de massa (3% do total de resíduos) ou por desativação eletrotérmica. Das mais de 26 mil toneladas de resíduos comuns, cerca de 10% foram destinadas à reciclagem e 23.891,69 toneladas seguiram para aterros sanitários. Não houve registros de vazamentos significativos de qualquer espécie. GRI 307-1
É Importante destacar ainda a realização de campanhas internas ao longo do ano relacionadas a gestão de resíduos. A partir da identificação de um aumento de geração de resíduos em razão da pandemia, promovemos um webinar para conscientização dos colaboradores sobre o descarte correto de resíduos, com o tema “Uma live para repensar o presente com foco no futuro”, focando na importância da conscientização para mudar a atual conjuntura. Em outra ação, aproveitando o Dia Mundial da Reciclagem, a Rede promoveu uma campanha especial para estimular os colaboradores a darem destino correto aos eletroeletrônicos que tinham em casa. Como resultado foram mais de 100 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos enviados à reciclagem no ano.
Descarte de resíduos perigosos gerados por tipo e destinação (t)
Método | Tipo de resíduo | 2019 | 2020 | 2021 |
---|---|---|---|---|
Incineração (queima de massa) | Químicos (grupo B) | 298,38 | 317,38 | 1.126,78 |
Autoclavagem/ desativação eletrotérmica/ incineração | Infectante (A) e perfurocortante (B) | 4.756,38 | 7.090,24 | 12.712,38 |
Total | 5.054,76 | 7.407,62 | 13.839,16 |
Total de resíduos não-perigosos gerados por tipo e destinação (t)
Método | Tipo de resíduo | 2019 | 2020 | 20211 |
---|---|---|---|---|
Reciclagem | Plástico, papel, papelão, vidro, metal e orgânicos | 2.195,75 | 1.591,93 | 2.552,382 |
Reciclagem | Eletroeletrônicos | 100,06 | 156,99 | 133,68 |
Aterro | Resíduo comum | 16.491,74 | 15.657,55 | 23.891,69 |
Total | 18.787,55 | 17.406,47 | 26.577,743 |
1- Os dados de 2021 contemplam somente os meses de agosto e setembro do Hospital São Lucas RJ
2- O valor apresentado em 2021 para reciclagem contempla resíduos orgânicos dos hospitais Jabaquara, Criança SP, Niterói D’Or e Caxias D’Or.
3- Nos anos anteriores a 2021 não estavam contemplados no montante de resíduos comuns, os eletroeletrônicos.
1. considerando ano base 2020 e unidades hospitalares.